Polícia – A Polícia Federal investiga 30 casos de suspeita de fraudes em cotas étnico-raciais em universidades federais do país. Os investigadores analisam, desde segunda-feira (1º), os perfis nas redes sociais de candidatos beneficiados pela medida, e que podem não seguir os critérios para ter acesso à instituição por meio das cotas. O curso que tem mais registro de fraudes é o de Medicina.
Desde a implementação do sistema de cotas, em 2000, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) já recebeu 280 denúncias fraudes na modalidade.
Em nota, a UFRJ informou que, neste ano, montou um comitê de heteroidentificação para entrevistar os futuros alunos. A comissão observa se a pessoa tem fenótipos negros – características físicas, como cor de pele, cabelo, traços do rosto – que a identifique, de fato, como preta.
A Universidade de São Paulo (USP) adota medidas de cotas desde o início de 2018. Desde julho de 2019, possui um órgão específico para denúncias de fraude na autodeclaração de pertencimento ao grupo de pretos, pardos e indígenas.