Manaus – Após a denúncia que o deputado Josué Neto (PRTB) contratou com dinheiro público por R$ 195 mil o escritório do advogado André Ramos de São Paulo para tratar do impeachment do governador Wilson Lima e do vice Carlos Almeida, o parlamentar voltou atrás na decisão e decidiu cancelar a inexigibilidade com o escritório que ajudou no processo de impeachment da presidente Dilma em 2016. A desistência de Josué foi publicado no Diário Oficial na última sexta-feira (29).
“A Assembleia Legislativa do Amazonas informa que foi tornado sem efeito o despacho de inexigibilidade de licitação para contratar consultória jurídica para o processo de impeachment que está tramitando na Casa. A Assembleia reitera seu compromisso com a verdade e com os cidadãos de bem do nosso Amazonas”, disse a direção da casa.
A ALE-AM, iria gastar a bagatela de R$ 65 mil por mês com o escritório do jurista iniciando a partir do dia 28 de maio e se estenderia até o final de agosto.
Alessandra Campêlo (MDB), vice-presidente da casa, disse que em decisões ‘polêmicas’ a mesma diretora costuma se reunir e despachar em conjunto, mas se tratando da contratação do escritório nem a mesa em o plenário foram consultados. “Quase R$ 200 mil, em plena pandemia. Espero que não seja necessário que ele (Josué) reconsidere, revogue essa decisão se não vamos ter que judicializar mais uma vez”, completou.
Vários pontos mostram o desespero do deputado Josué Neto que contrataria um escritório de fora sendo que a casa oferece um corpo jurídico que poderia tratar do assunto.