Brasil – Durante reunião ministerial nesta sexta-feira (22), o presidente da república Jair Bolsonaro, chamou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto de ‘bosta’, ao falar sobre as medidas de contenção do novo coronavírus.
“[…] aproveitaram o vírus, tá um bosta de um prefeito lá de Manaus agora, abrindo covas coletivas. Um bosta. Que quem não conhece a história dele, procura conhecer, que eu conheci dentro da Câmara, com ele do meu lado! Né?”, diz o presidente no trecho do vídeo.
Às covas coletivas a qual o presidente se refere, foi que após a explosão no número de enterros desde o início da crise na saúde provocada pela pandemia causada pelo novo coronavírus, a Prefeitura de Manaus começou a utilizar covas coletivas para sepultar vítimas ou casos suspeitos da doença. O assunto virou polêmica na cidade, já que muitas famílias reivindicaram a situação, pessoas sendo enterradas sem um pingo de dignidade. Os corpos só eram pegos dentro do necrotério dos hospitais e colocado dentro do caixão, dentro do saco plástico.
Logo o número volumoso de enterros começou a levantar suspeita, já que os sepultamentos estavam passando de 100 por dia. Então houve a primeira denúncia que explicava o número exorbitante de enterros que Manaus começou a registrar, foi denunciado o esquema dentro do SOS funeral de Manaus a chamada “Máfia dos Caixões”.
O esquema consistia em enterrar caixões vazios para que novas urnas fossem compradas com valores exorbitantes. O SOS funeral é liderado pela Semasc que oferece caixões para pessoas de baixa renda.
Antes da denúncia da máfia dos caixões, o Prefeito Arthur Neto vivia em evidência em grandes sites nacionais que mostraram a ‘excelente’ gestão do chefe do executivo, mesmo que a realidade fosse outra. Mais uma denúncia explicaria o prefeito perfeito dos noticiários: esses mesmo sites que endeusavam Arthur Neto, estavam na folha de pagamento da prefeitura de Manaus.
Coincidentemente após às denúncias, o número de enterros diminuiu e o prefeito saiu dos holofotes dos site nacionais.
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