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Clássica animação dos anos 80, o desenho She-Ra ganhou uma nova adaptação pela Netflix, que estreou no catálogo em 2018 e já tem cinco temporadas. Na história, a adolescente Adora se transforma na guerreira após encontrar uma espada mágica e assim assume a identidade de She-Ra, que se une a outras garotas mágicas para deter o vilão Hordak.

Voltado para o público de todas as idades, o desenho recebeu críticas de grupos mais conservadores por, diferente da versão antiga, os produtores incluíram temas como representatividade do universo LGBTQ+ e empoderamento feminino. Ao longo de seus 52 capítulos, She-Ra e as Princesas do Poder mostrou dois casais gays e um deles ainda com um filho.

No último episódio da quinta temporada, que chegou à plataforma de streaming no dia 15 de maio, Adora assume um romance lésbico com a vilã Felina. As duas chegaram a protagonizar uma cena de beijo.

Já na quarta temporada, os produtores incluíram um personagem não-binário. O mercenário Double Trouble (Problema em Dobro, em tradução literal), que é capaz de mudar de forma, é dublado pelo ator e ativista gay Jacob Tobia, que defende que mais produções incluam personagens diversos para que o público se identifique com essas questões.

Não é a primeira vez que a Netflix se vê em meio a uma polêmica envolvendo esse tipo de conteúdo para o público infantil. Em janeiro, uma mãe de uma criança de 4 anos denunciou a série animada Os 3 Lá Embaixo: Contos da Arcádia, produzida por Guillermo del Toro, que mostrou um beijo entre duas mulheres.

– Estava vendo um desenho com meu filho de 4 anos na Netflix, classificado como livre, e teve uma cena de beijo na boca entre duas meninas. (Elas) acham que o mundo vai acabar e decidem se beijar antes que isso aconteça. Achei totalmente inapropriado porque está classificado como livre. Entendo que é uma forma de influenciar comportamento. A mente da criança, semelhante ao corpo, está em formação