Manaus – O deputado estadual e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Dermilson Chagas (Progressistas), teria ordenado a rebelião. Ele é conhecido por “defender o direito à vida”, e atacar policiais, segundo ele, a polícia do estado do Amazonas não é confiável.

Um suposto movimento político estaria por trás da rebelião com reféns que aconteceu na Unidade Prisional do Puraqueuqara (UPP), situada na Zona Leste de Manaus, que iniciou por volta das 6h deste sábado (02).

Segundo a esposa de um dos detentos que não quis se identificar, disse que a rebelião teria sido ordenada pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos e também deputado Dermilson.

Tudo foi orquestrado por ele, até o pedido dos detentos pela a presença do Valo’ e o ex-secretário de Amazonino Coronel Amadeu, relatou”

Valoá’ seria o Juiz Luiz Carlos Valois, conhecido por negociar na liberação dos reféns em 2017 e também do ex-secretário de Amazonino Coronel Amadeu.

Detentos solicitam presença do ex-secretário de Amazonino.

Muitos se questionam se a rebelião não se trata de interesse político, e se o ex-governador Amazonino Mendes estaria por trás disso tudo? Qual a influência do Coronel com os detentos. Muitas perguntas a serem respondidas.

O Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP) e forças de segurança da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) – Rocam, COE, Batalhão de Choque, Companhia de Cães, conseguiram controlar e acabar com a rebelião em poucas horas.

Deputado criticou ação policial que resultou na morte de traficantes

Durante a entrevista, o deputado Dermilson também alegou que os membros de grupos de facções criminosas, que foram mortos na ação policial, foram “jovens vítimas” do sistema de segurança do Amazonas.

A declaração polêmica do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Aleam foi feita após ele ser questionado sobre uma matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, onde trás detalhes sobre a operação policial que aconteceu em outubro na cidade de Manaus.  

Os 17 homens mortos durante a ação para conter grupos criminosos na Zona Sul da capital, eram integrantes de uma facção criminosa que planejava homicídios contra um grupo rival, segundo a Polícia Militar.

De acordo com o comandante geral da PM, coronel Ayrton Norte, a polícia recebeu denúncia de que, ao menos, 50 pessoas armadas estariam em um caminhão baú, em direção a um beco conhecido como JB Silva, na Rua Magalhães Barata, entre os bairros Crespo e Betânia, na Zona Sul.

“Nossas viaturas de ronda e com a Força Tática foram até o local, houve o primeiro confronto, em que a Força teve êxito na intervenção policial [de um homem]. Em seguida, os policiais da Rocam foram acionados para dar apoio nessa ocorrência com cinco equipes. Nós tivemos três confrontos e nesses três totalizamos outras 16 intervenções policiais por parte da Rocam. Ou seja, ao todo foram 17 intervenções policiais”, detalhou o comandante ao contabilizar os mortos pela coorporação.

Durante a abordagem policial, a maior parte dos suspeitos conseguiu fugir. Ainda não se tem informações sobre a localização do caminhão que era usado pelo grupo. Todos os 17 baleados foram conduzidos ao Pronto-Socorro e Hospital 28 de agosto, onde foram confirmadas as mortes.

A polícia apreendeu durante a ação 17 armas de fogo, entre revólveres e armas de grosso calibre. Elas foram apresentadas pela PM em frente ao hospital, em cima das viaturas.

O secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, coronel Louismar Bonates, se pronunciou sobre as mortes. Ele afirmou que “a polícia não mata, a polícia intervém tecnicamente”. Ainda segundo o comandante, foi o “maior confronto do Amazonas”.

“Nós sentimos pelas famílias. O trabalho da polícia não é ter esse tipo de confronto. É, sim, prender as pessoas. Mas, se eles [os suspeitos] vierem trocar tiros com a polícia, infelizmente as suas famílias é que vão chorar pelo ente perdido”, disse o coronel.

Assista aos vídeos com alguns traficantes que foram mortos durante a ação policial: