O vice-presidente da Ciranda Tradicional de Manacapuru, Marcos Lima, foi preso suspeito de estuprar uma adolescente de 15 anos, dentro do galpão da agremiação, situada no município do Amazonas.  

De acordo com informações da Polícia Civil, o integrante da ciranda se apresentou na Delegacia Especializada de Polícia (DEP) de Manacapuru, onde permanece presoem razão de um mandado de prisão expedido pela Justiça do Amazonas.

Segundo a equipe policial, a mãe da menor informou que Marcos criou um perfil falso no Facebook, para atrair a jovem até o galpão da agremiação, lugar no qual teria acontecido o estupro.

“A minha filha saiu de casa para encontrar uma amiga que tinha conhecido no Facebook, uma tal de Kamila Gama, elas tinham marcado de se encontrar em frente ao galpão da ciranda Tradicional, para se conhecerem pessoalmente. Chegando lá, não tinha ninguém, quando ela já ia subindo no mototáxi, um homem apareceu, chamou minha filha pelo nome e disse que era pai da Kamila, e que ela teria pedido para minha filha esperá-la que já estava chegando do trabalho”, contou a mãe da adolescente.

Ainda conforme a mãe da vítima, a menina ainda hesitou em permanecer no local, mas o vice-presidente insistiu.

“Minha filha confiando permaneceu no local, quando o mototaxista foi embora, ele convidou ela para entrar no galpão, perguntando se ela queria conhecer o local, chegando lá dentro ele começou as conversas para ela, ofereceu até dinheiro para transar com ela, como ela recusou ele pegou ela a força e levou para um quartinho, jogou ela no chão e a estuprou, agrediu e forçou ela a fazer de tudo”, relatou a mãe aos prantos.

A mãe da menor afirmou também que durante os abusos o homem ainda teria feito ameaças a vítima e também a família.

“Ela contou que ele falava o tempo todo que era traficante, e fazia parte de uma facção, e que ele iria matar ela e a família se ela contasse alguma coisa”, disse.

Marcos Lima, suspeito de estupro e agressão, se apresentou na delegacia na presença de um advogado, na última segunda-feira (20), e permanece preso. O caso corre em segredo de justiça e a Polícia Civil segue apurando os fatos.

Nota da Ciranda Tradicional

O presidente da Ciranda Tradicional, Magal Pinheiro, comentou sobre o ocorrido, em nota oficial divulgada para a imprensa. Leia na íntegra:

“Após tomar ciência dos fatos nós tomamos como providência desligar o envolvido de toda e qualquer função da ciranda, primeiro porque não compactuamos com esse tipo de situação que foi relatado na denúncia, agora, o caso vai ser esclarecido e que se de fato ficar comprovado isso, ele terá que pagar perante a justiça. Segundo, que a Ciranda Tradicional, sempre priorizou os valores do respeito, e jamais iremos permitir que qualquer eventual situação possa destruir o legado e a história da nossa agremiação”.